Sucuri impressiona pelo tamanho, mas Pantanal abriga outras serpentes b42

Cobra-cipó, boca-de-sapo e jiboia também fazem parte da lista de espécies que podem ser encontradas no Pantanal 4y691h

Com comprimentos que podem variar de 4 a 9 metros, e até mesmo ultraar esses limites em alguns casos, as sucuris impressionam no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Mas a lista de serpentes que podem ser encontradas no bioma inclui muitas outras espécies. Cobra cipó, boca-de-sapo e jiboia também fazem parte do grupo. 

Sucuri vista no Pantanal em Corumbá (Foto: Guilherme Giovanni)
Sucuri vista no Pantanal em Corumbá (Foto: Guilherme Giovanni)

O fotógrafo especializado em natureza e vida selvagem, Guilherme Giovanni, registrou diversas espécies, mas comenta que “as sucuris são sempre marcantes, pelo tamanho e beleza”. 

Ele lembra até do momento em que fez alguns dos registros. “Essa eu entrei na água até pouco acima da cintura para ficar no mesmo ângulo que ela. Foi na estrada parque de Corumbá, próximo a ponte do Rio Abobral”, diz, se referindo a imagem que abre a reportagem. 

A beleza das sucuris 331j3b

A soldado da PMA (Polícia Militar Ambiental), Michaela Coelho, confirma que as sucuris estão entre as maiores serpentes do mundo e podem ser encontradas em toda a América do Sul, principalmente em áreas próximas à água. “São conhecidas por seu comportamento semiaquático”, diz. 

Na última semana, a reportagem do Primeira Página mostrou a tentativa de uma sucuri de subir em um barco de turistas no município de Bonito. Apesar de o tamanho dela ter assustado, nada grave aconteceu, até porque os humanos não são presas naturais das sucuris.

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“Elas alimentam-se de uma variedade de animais, incluindo mamíferos, aves e até mesmo crocodilianos”, completa Michaela. “São constritoras poderosas, que matam suas presas envolvendo-as em seu corpo e apertando-as até a asfixia”.

Michaela Coelho, soldado da PMA.

Outras constritoras poderosas presentes no Pantanal são as jiboias. “Mas sua dieta consiste principalmente de pequenos mamíferos, aves e répteis. Podem subir em árvores em busca de presas e são conhecidas por serem excelentes escaladoras”. 

Parecidas, mas não muito 4i3h4u

Segundo a soldado, existem algumas diferenças entre as sucuris e as jiboias. O tamanho é uma das principais. “As jiboias são serpentes grandes, mas significativamente menores que as sucuris. Geralmente, seu comprimento varia de 1,5 a 3 metros”, diz. 

A jiboia (Foto: Guilherme Giovanni)
A jiboia (Foto: Guilherme Giovanni)

E enquanto as sucuris são normalmente encontradas em áreas próximas à água, as jiboias podem ser vistas tanto em árvores quanto no chão. “São encontradas em uma variedade de habitats, incluindo florestas tropicais, savanas, áreas agrícolas e até mesmo áreas urbanas”. 

Tanto a sucuri quanto a jiboia não são venenosas. 

Outras espécies 446np

Cobra-cipó (Philodryas matogrossensis)

Possui uma coloração que se confunde muito com o ambiente, principalmente por ar a  maior parte do tempo nas árvores e arbustos.  Essa espécie é bastante agitada e geralmente foge assim que é avistada. É muito arisca e pode morder. Atinge cerca de 1,20m e é uma cobra fina e ágil, de hábito diurno.  Alimenta-se, principalmente, de pequenos anfíbios.  

Sucuri-amarela (Eunectes notaeus)

Jiboia encara lentes da câmera (Foto: Guilherme Giovanni)
Jiboia encara lentes da câmera (Foto: Guilherme Giovanni)

A sucuri-amarela é uma das cobras da espécie que ocorre em Mato Grosso do Sul. A amarela, em específico, pode ser encontrada no Pantanal. A coloração ajuda com que o animal se camufle sobre as áreas alagáveis do Pantanal. Pode atingir até 10m de comprimento. As fêmeas são maiores que os machos. É um predador generalista, alimentando-se de vários tipos de vertebrados como: roedores, veados, bezerros, aves, lagartos e até outras serpentes.

Boca-de-sapo (Bothrops matogrossensis)

A cobra “boca de sapo”, também conhecida popularmente como jararaca pintada, é venenosa. A serpente é uma espécie da família Viperidae e pode ser encontrada especificamente no Pantanal. Possui tamanho mediano, com a fêmea podendo chegar a mais de 1m. Sua coloração pode variar entre cinza, marrom ou pardo, com manchas triangulares escuras, margeadas de claro.

boca-de-sapo
Uma das mais perigosas serpentes do Pantanal é a boca-de-sapo. (Foto: Yuri Messas/Reprodução)

Falsa-coral

A cobra falsa-coral é bem semelhante à coral verdadeira. Especialista explica que a diferença entre as espécies pode ser vista nas bocas das cobras. Para confundir eventuais predadores, e assim garantir a sobrevivência, a falsa-coral imita a verdadeira, mas apenas na coloração, já que, diferentemente da coral-verdadeira, não possui veneno.

Surucucu-do-Pantanal

Diferente da surucucu, uma das espécies de cobra mais venenosas encontradas no Brasil, a surucucu-do-pantanal não tem peçonha. A cobra é de porte grande e pode variar entre 2 e 3 metros de comprimento. Uma curiosidade é que a espécie achata o corpo, principalmente a cabeça, como mecanismo de defesa contra predadores.

A soldado explica que a identificação de serpentes venenosas não é algo simples e pode incluir detalhes anatômicos e de comportamento, dependendo da espécie. O recomendado é manter distância em todos os encontros.

Em caso de qualquer acidente com serpentes,  é imprescindível buscar ajuda médica imediata. “Se possível levar algum registro do animal, seja fotográfico ou relato verbal das características da cobra para que a equipe médica possa identificar e tratar o caso com mais eficiência”, diz a soldado.

Serpente encontrada no Pantanal de MS (Foto: Guilherme Giovanni)
Serpente encontrada no Pantanal de MS (Foto: Guilherme Giovanni)

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