Antes e depois do amor: como a adoção mudou a vida de 5 pets especiais 121x5f

Alessandra e Hugo são dois cuiabanos que decidiram adotar animais resgatados das ruas e hoje falam sobre a importância desse ato de amor 226m2n

O amor tem capacidade de transformar vidas, humanas e animais. Uma das formas mais claras de perceber a mudança que vem com um ato amoroso é através da adoção animal! Para falar disso, o Primeira Página conversou com dois cuiabanos que decidiram adotar pets resgatados das ruas da Capital e dar a eles um novo destino, baseado em cuidado e carinho!

Mel e Augusto são exemplos de que o cuidado e o amor transformam vidas! (Foto: Arquivo Pessoal).
Mel e Augusto são exemplos de que o cuidado e o amor transformam vidas! (Foto: Arquivo Pessoal)

Mel, uma pet especial 4k5h6i

A Mel é uma cadela especial em vários sentidos! Por causa de uma deficiência ela perdeu o movimento das pernas traseiras, mas isso foi exatamente o que fez o cuiabano Hugo de León a escolher para levar para casa.

O Hugo morava em São Paulo, cidade onde acompanhava e contribuía com projetos de proteção animal nas regiões paulista e carioca. Após ter vindo para a Capital mato-grossense, decidiu conhecer as ações do Projeto Lunaar (Luta e União de Amigos para Animais em Risco) quando viu uma foto da Mel em uma postagem nas redes sociais da ONG.

“Achei interessante que os primeiros animais no destaque de adoção de cachorros, eram os especiais. Ainda não estava certo de que adotaria algum. A primeira que apareceu foi a Mel, quando vi a foto dela, já sabia que iria adotar!” contou.
Hugo conheceu a Mel através de uma postagem do Projeto Lunaar nas redes sociais. (Foto: Arquivo Pessoal).
Hugo conheceu a Mel através de uma postagem do Projeto Lunaar nas redes sociais. (Foto: Arquivo Pessoal)

Com a decisão no peito, ele entrou em contato com a ONG para saber as necessidades especiais da Mel e deu início ao processo de adoção. Segundo ele, a preocupação inicial foi encontrar a melhor maneira de cuidar da nova moradora da casa e adaptar a rotina para os cuidados que ela precisa no dia a dia, como o uso de fraldas.

“Ela não teve nenhum problema de adaptação ao novo lar, sabia que estava em casa e a interação com os outros animais foi muito boa”, explicou Hugo.

Além de um novo lar, a Mel ainda ganhou um irmão: o Paolo, que já havia sido adotado por Hugo há um tempo atrás.

Mel deitada ao lado do irmão Paolo. (Foto: Arquivo Pessoal).
Mel ao lado do irmão Paolo. (Foto: Arquivo Pessoal)

A causa, como defende Hugo, se resume na capacidade humana em auxiliar e amenizar o sofrimento dos animais vítimas de abandono ou maus-tratos. Atitudes nesse sentido podem ser desenvolvidas diariamente, como o simples resgate e encaminhamento de um animal para um lar temporário ou canil, com a ajuda mensal às entidades e ONGs que atuam essa luta, ou decidindo adotar.

“Sem dúvida, muitas pessoas poderiam ajudar os animais com a adoção. Penso que o dinheiro investido na compra de um animal pode ser utilizado para ajudar animais abandonados e projetos que trabalham com esse objetivo. Muitos não percebem que eles têm medo, fome e dor, o auxílio é fundamental para amenizar esse sofrimento”, diz.

Hugo ainda deixa um conselho para pessoas que estejam pensando em adotar um animal: iniciar o processo entendendo que não estará levando um brinquedo para casa, mas um ser que precisará de atenção, comida, higiene e espaço para viver bem.

Além disso, o ponto principal de uma adoção, segundo ele, é a paciência. Isso porque a adaptação não é algo fácil e não ocorre com rapidez, o que, muitas vezes, se torna a justificativa para que alguns cidadãos devolvam o animal adotado ao abrigo.

Mel e Paolo. (Vídeo: Arquivo Pessoal)

Com o processo de acolhimento, a Mel saiu de um abrigo onde estava bem cuidada e pôde ir para uma casa onde recebe atenção mais frequente e tem uma família como companhia.

O “antes e depois” de ter recebido amor pode ser visto no olhar dela, que chegou um tanto acanhada à nova casa e hoje, após cerca de um mês, dá aquele sorrisão enquanto está ao lado de Paolo, já se sente tranquila, faz companhia e até escolheu brinquedos e lugares preferidos da casa, como conta Hugo.

Mel, uma cadelinha especial, foi adotada por Hugo há cerca de um mês. (Foto: Arquivo Pessoal).
Mel, uma cadelinha especial, foi adotada por Hugo há cerca de um mês. (Foto: Arquivo Pessoal)

Lilibeth e seus 3 irmãos 5p2d6a

Sempre muito apaixonada por gatos, a cuiabana Alessandra Porto contou ao Primeira Página que também iniciou os processos de adoção dos seus pets pós ter se voluntariado na Lunaar.

Hoje, ela faz parte da diretoria da ONG e tem quatro gatos especiais em casa: Lilibeth, Carlinhos, Margô e Augusto. A trajetória, segundo ela, só reafirmou algo que ela já sentia, o fato de que “o amor e o cuidado realmente transformam!”

Alessandra mostra Augusto e Lilibeth, dois dos pets especiais adotados. (Vídeo: Primeira Página)

Segundo Alessandra, enquanto era voluntária e auxiliava nos trabalhos do abrigo, ela percebeu que os gatos, principalmente os que possuíam alguma deficiência ou os pretos, eram os que menos recebiam atenção por pessoas dispostas a adotar.

Um dia, a cuiabana decidiu acompanhar os cuidados médicos com a Margô, uma gatinha que chegou ao abrigo com um problema no globo ocular e precisou ar por cirurgias.

Mas acompanhar foi pouco e Alessandra acabou levando a gata para casa no pós-operatório, o que deveria ser uma estadia de apenas 15 dias. Porém, o amor foi tão grande que Margô, que hoje não possui um dos olhos, não precisou mais voltar para o abrigo e hoje, após três anos, faz parte de uma família!

Há 3 anos, Margô foi adotada por Alessandra. (Foto: Arquivo Pessoal)
Há 3 anos, Margô foi adotada por Alessandra. (Foto: Arquivo Pessoal)

Um tempo depois de ter decidido adotar a pet, Alessandra conheceu o Augusto, também no abrigo. Um gatinho amarelo que havia sido abandonado pelas ruas de Cuiabá e atropelado, o que fez ele perder o movimento das pernas traseiras.

Pronto, era o segundo pet que iria fazer parte da família e ser irmão de Margô! E apesar da deficiência e da necessidade de ter ado por fisioterapia, Augusto não deixou de ser “danado”, como conta a dona.

Augusto, mais um pet da Alessandra. (Foto: Arquivo Pessoal)
Augusto, mais um pet da Alessandra. (Foto: Arquivo Pessoal)

Depois, veio Lilibeth, a gata cega de nascença, que chegou na família há cerca de um ano. A bichana chegou ao Lunaar ainda bebê e, após dois meses refletindo se deveria ou não levar mais um gato para casa, a cuiabana não conteve seu amor e adotou mais uma!

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Lilibeth é uma gatinha cega adotada por Alessandra. (Foto: Arquivo Pessoal)

Por fim – até o momento, veio o Carlinhos, um gatinho preto também cego, adotado por Alessandra há pouco mais de um mês. Segundo a dona, quando conheceu o bichano, teve medo que ele ficasse no abrigo o resto da vida, por causa do preconceito que ainda existe nas pessoas contra gatos pretos e, no caso dele, deficiente.

Carlinhos, também adotado pela cuiabana. (Foto: Arquivo Pessoal)
Carlinhos, também adotado pela cuiabana. (Foto: Arquivo Pessoal)
“Tudo que é bem bonito as pessoas adotam muito rápido, por isso eu quis adotar um gato pretinho e cego!” conta a dona dos quatro gatos.

Para pessoas que estão pensando em adotar, Alessandra aconselha que ter um pet em casa pode preencher os sentimentos, principalmente após as sequelas emocionais deixadas pela pandemia de covid-19.

“É uma alegria ter um animalzinho em casa, eles ficam perto, eles entendem quando você não está bem. Eu chego chego em casa, mesmo em horários diferentes, eles estão lá esperando! Preenche a sua vida de amor, você nunca mais se sente sozinho!” desabafa.

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Canil Municipal 67585e

Atualmente, a Prefeitura de Cuiabá realiza resgates e acolhimentos de cães e gatos vítimas de maus-tratos ou abandono, que são encaminhados ao canil municipal da Diretoria de Bem-estar Animal, da Smadess (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável).

Após arem por recuperação no canil, eles são encaminhados para adoção voluntária. Atualmente, o local abriga cerca de 18 animais resgatados.

A Diretoria reforça que denúncias são importantes e podem ser feitas pela população através do telefone 0800-647-7755. 

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