Sem saída, sucuri é consumida pelo fogo que incendeia Pantanal de MS 12w29
De janeiro até junho de 2024, já foram registrados 2.571 focos de incêndio no Pantanal, superando os 2.434 focos do mesmo período de 2020 6m3u3l
Biólogos e médicos veterinários iniciaram uma varredura no Pantanal para avaliar o impacto do fogo na fauna local. A situação é preocupante, com muitos animais não resistindo às chamas e sucumbindo.
A sucuri e o jacaré, por exemplo, morreram enquanto tentavam escapar do incêndio, como mostras as imagens abaixo.
Segundo Sérgio Barreto, biólogo do Instituto Homem Pantaneiro, esses animais são especialmente vulneráveis às queimadas.
“Infelizmente, essas espécies são mais afetadas devido às suas características de locomoção lenta. Muitas vezes, elas não conseguem escapar dos incêndios”, afirma Barreto.
O IBAMA, o Instituto Homem Pantaneiro e diversas universidades compõem um grupo especializado no atendimento a animais silvestres tanto no Cerrado quanto no Pantanal. Devido aos incêndios que assolam o bioma, esses grupos estão focados em encontrar e ajudar animais debilitados.
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De acordo com Paula Helena Santa Rita, bióloga e médica veterinária, alguns animais que permaneceram na região parecem estar em boas condições, apesar da busca por alimentos em áreas devastadas pelo fogo.
“Os animais estão com o score corporal adequado e não apresentam sinais de queimaduras. No entanto, já estão sofrendo com o estresse ambiental causado pelos incêndios. Quando tentamos afugentá-los, em vez de removê-los da área em chamas, podemos inadvertidamente empurrá-los para zonas de fogo”, explica Paula.
Ainda assim, as equipes permanecem vigilantes, pois algumas espécies se assustaram com o fogo e fugiram da região.
“Já percebemos que muitas espécies se espantaram com o fogo e deixaram a área. Não estamos conseguindo visualizá-las. Com essa movimentação, podem ocorrer conflitos territoriais, o que pode gerar problemas futuros”, alerta Paula.
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Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de janeiro até junho de 2024, já foram registrados 2.571 focos de incêndio no Pantanal, superando os 2.434 focos do mesmo período de 2020.
