Sapo-cururu é ameaça tóxica que levou espécie à beira da extinção 585u52
Espécie invasora e altamente venenosa, o sapo-cururu causou um colapso silencioso na população do quoll australiano 1f553u
Um dos anfíbios mais comuns no Brasil, o sapo-cururu tem levado à extinção o quoll, na Austrália. O animal da família dos marsupiais quase sumiu do mapa por conta da superpopulação dos sapos da espécie, mas, graças à tecnologia, o quoll tem sido reintroduzido às matas australianas.

A Colossal, empresa de bioengenharia que já trouxe de volta o lendário lobo-terrível, extinto há mais de 10 mil anos, trabalha com cientistas australianos para introduzir no quoll a resistência ao veneno do sapo-cururu. Mas por que a relação entre o quoll e o sapo-cururu se transformou em uma armadilha mortal? Descubra abaixo.
A infestação do sapo-cururu 4i5056
O dilema ecológico entre o quoll e o sapo-cururu foi causado pela ação humana. Há quase 100 anos, em 1935, o governo australiano soltou cerca de 2,4 mil sapos-cururu na Austrália para controlar uma praga que ameaçava as plantações de cana: o besouro-da-cana.
A tática deu certo — em partes. O sapo-cururu ajudou na predação dos insetos, mas se reproduziu aos milhões. Um dos poucos predadores naturais disponíveis no território acabou sendo o quoll.

No entanto, o marsupial fofo não é resistente ao veneno altamente tóxico que o sapo-cururu expele, e morre imediatamente ao devorar o animal.
Atualmente, a Colossal trabalha com pesquisadores australianos para introduzir no quoll a resistência ao veneno do sapo-cururu — resistência essa que foi desenvolvida ao longo de milhares de anos em animais da fauna brasileira, como as cobras.
De volta à natureza 5z5m6i
Paralelo às pesquisas da Colossal, também está o trabalho de “formiguinha” dos ambientalistas australianos, que estão repovoando a Austrália com os quolls criados em cativeiro.
Com o apoio de organizações internacionais, como a WWF, pesquisadores mantêm um santuário dentro do Parque Nacional de Booderee, na costa leste da Austrália, onde esses animais se reproduzem em segurança.
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As características do quoll 4u6w2n
Não é exagero dizer que o quoll lembra um porquinho-da-índia. O animal é relativamente pequeno, mede entre 25 e 65 cm de comprimento, e tem uma cauda que pode atingir até 30 cm. Com pelagem curta e densa, a cor do quoll varia de marrom a cinza, com manchas brancas espalhadas pelo corpo.
Assim como outros marsupiais, a fêmea tem uma bolsa onde carrega seus filhotes após o nascimento. A gestação dura apenas algumas semanas, e os filhotes continuam a se desenvolver na bolsa por cerca de dois meses. O quoll se reproduz no verão, e a fêmea pode ter de 4 a 8 filhotes por vez.
Com informações da WWF e National Geographic***