Onças enxergam no escuro total? A resposta pode surpreender você 4k2p4r
Brilho nos olhos, pupilas verticais e tapetum lucidum: entenda as adaptações que fazem das onças caçadoras noturnas excepcionais. 3n1y2r
A ideia de que felinos selvagens enxergam perfeitamente no escuro total é um dos mitos mais populares sobre esses grandes caçadores. Mas será que é verdade que onças-pintadas, leopardos e outros felinos podem ver no breu absoluto? A resposta é: não.
Segundo especialistas em comportamento animal e anatomia ocular, os felinos selvagens têm, sim, uma capacidade de visão noturna muito superior à dos humanos, mas ainda assim precisam de alguma fonte de luz, mesmo que mínima, para enxergar.



O segredo está em uma estrutura chamada tapetum lucidum, uma camada de células localizada atrás da retina que reflete a luz de volta para os fotorreceptores, aumentando a sensibilidade à baixa luminosidade. É isso que faz os olhos de gatos e felinos brilharem quando iluminados no escuro.
Além disso, os felinos têm uma terceira pálpebra, conhecida como membrana nictitante, que protege os olhos, facilita a lubrificação e ajuda na saúde ocular. As pupilas verticais, outro diferencial, ajudam a controlar melhor a entrada de luz, se ajustando de acordo com o ambiente.
Graças a essas adaptações, os felinos conseguem caçar em condições de pouca luz, como durante a noite ou ao amanhecer e entardecer, quando as presas estão mais ativas. Mas no escuro total, sem nenhuma fonte luminosa – seja da lua, das estrelas ou de reflexos naturais – nem mesmo eles conseguem enxergar.
Essas habilidades explicam por que espécies como a onça-pintada no Pantanal ou o leopardo na África são predadores tão eficientes durante a noite. Eles conseguem farejar, ouvir e usar a pouca luz disponível para caçar, surpreendendo suas presas silenciosamente.
Portanto, a visão noturna dos felinos selvagens é impressionante, mas não é mágica. Eles são caçadores da penumbra, e não das sombras absolutas.