No Cras, animais silvestres ganham cobertores, pelúcias e aquecedores 474o6i

Com a chegada do inverno em Mato Grosso do Sul, o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) adotou medidas especiais para garantir o bem-estar de centenas de animais em processo de recuperação. De cobertores, pelúcias e até redes, os animais recebem um tratamento especial para não arem frio.

Ações como a instalação de lonas contra o vento e uso de aquecedores têm sido fundamentais para proteger principalmente os filhotes e aqueles em estado mais crítico.

De acordo com a gestora do Cras, Aline Duarte, a adaptação dos recintos é essencial nessa época do ano.

“Durante essas mudanças de temperatura, a gente precisa adequar os recintos para que esses animais não sintam tanto a variação de temperatura. São silvestres, estão acostumados com a natureza, mas precisamos dar conforto térmico para eles”, explica.

Entre as adaptações realizadas estão o uso de seno para aquecer as camas, caixas de refúgio, lonas cortando o vento nos recintos maiores e itens que simulem o conforto materno.

“Para os menores, que precisam de atenção especial, colocamos cobertores, redes e até ursinhos de pelúcia. No caso do tamanduá-bandeira filhote, que costuma ar muito tempo sobre o dorso da mãe, criamos esse ambiente aconchegante para ele se sentir seguro, além de manter o calor”, completa Aline.

Além dos cuidados com aquecimento, o Cras conta com uma das estruturas mais modernas do país dedicadas à fauna silvestre.

O hospital veterinário da unidade tem mais de 1.150 m², com ambulatórios, clínicas e laboratórios de patologia clínica, fundamentais para o diagnóstico preciso e o tratamento de animais debilitados.

O ambiente no Cras é projetado para simular, sempre que possível, as condições naturais de cada espécie, respeitando suas necessidades fisiológicas e comportamentais. As medidas de cuidado técnico são revisadas constantemente, com foco na eficácia do processo de reabilitação e na saúde plena dos animais.