Lembra da Malu? Cachorrinha é encontrada ferida em terreno baldio; veja vídeos 4g4e6d
A cachorrinha Malu, de seis anos, da raça Lhasa Apso, que foi atropelada na última terça-feira (21) e dada como desaparecida após ser supostamente levada para uma clínica veterinária, foi finalmente encontrada viva nesta quinta-feira (23), em Campo Grande. “A pessoa que atropelou largou ela na rua. Estou acabada”, relata Mirian Pereira Lopes, de 45 […] 1y4h2c
A cachorrinha Malu, de seis anos, da raça Lhasa Apso, que foi atropelada na última terça-feira (21) e dada como desaparecida após ser supostamente levada para uma clínica veterinária, foi finalmente encontrada viva nesta quinta-feira (23), em Campo Grande.
“A pessoa que atropelou largou ela na rua. Estou acabada”, relata Mirian Pereira Lopes, de 45 anos, tutora do animal. O desespero da diretora de um abrigo durou exatamente dois dias.
“Não aguentava mais ver minha filha de 10 anos chorando. A menina ficou difícil de comer. Dizia que a Malu não tinha o que comer na rua e chorava. Fiquei com medo dela adoecer”, revela Mirian.
Malu foi encontrada viva e ferida em um terreno baldio, localizado na rua Eunio Cunha, no bairro Jardim das Perdizes. O anjo da guarda? Sueli Guerreiro de Araújo Barbosa, de 52 anos. “o a pé toda quinta pelo local”, afirma a funcionária pública aposentada.
Segundo ela, Malu estava deitada no mato, aparentemente ferida. “Quando eu vi ela pensei em pegar, mas a coitadinha parecia machucada. Aí vi o ferimento e um monte de mosca em cima”, conta Sueli. Neste momento, avisou que atrasaria no serviço e pediu ajuda para um amigo. Juntos, com um cobertor, resgataram Malu.

“Levamos ela correndo para uma clínica ali perto, uma popular. A veterinária disse que ela está com uma das perninhas quebrada”, lembra Sueli, que em nenhum momento pensou em abandonar Malu. “Paguei uma diária lá, mas não posso ficar com ela. Já tenho três. Não tenho condições”, explica.
Agora, Malu está em casa e seguirá com o tratamento da perna esquerda fraturada após o acidente. Na tarde desta quinta (23), Mirian e os filhos a buscaram na clínica, felizes e com o coração mais tranquilo.
Malu foi encontrada!
A notícia de que Malu estava viva chegou até Mirian através de uma amiga. “Ela ouviu uma notícia na rádio de que uma cachorrinha ferida havia sido encontrada e resgatada de um terreno baldio, no bairro Rouxinóis”, explica.
A amiga tinha certeza de que se tratava do pet de Mirian e, imediatamente, a avisou. “Eu entrei em contato com a rádio e eles me enviaram um vídeo dela no meio do mato”, diz. Na filmagem, Malu aparece deitada no local aparentemente debilitada, mas balançando rabinho como um sinal de agradecimento.
Em seguida, Mirian ficou sabendo que a cachorrinha tinha sido levada para uma clínica. Contudo, não sabiam informar a localização. “A pessoa só me tranquilizou que estava em uma clínica e que iria me ligar, mas não sabíamos onde era”, lembra.
Mirian acabou conseguindo o contato de Sueli, o anjo da guarda que salvou Malu. “Quero ainda abraçar e agradecer, pois ela foi deixada lá para morrer quebrada”, declara a tutora.
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Entenda o caso
Malu foi atropelada após escapar da residência por volta das 13h30, quando o sogro de Mirian limpava a calçada. Minutos depois, na rua debaixo da casa, um carro atingiu a cachorrinha.
A câmera de segurança de uma das casas da rua flagrou o momento em que um carro, Ford Courier, de cor prata, que seguia pela rua Santana atingiu a cachorrinha. Pela imagem, é possível ver Malu correndo, sendo atropelada e ficando ao solo.
Uma moradora que presenciou a cena afirmou que uma mulher, de 50 anos, era quem dirigia o veículo. A mesma teria levado Malu para uma clínica, sem informar o local.
Mirian chegou a ligar em 10 clínicas 24h atrás da mascote. Em apenas uma, informaram que uma pessoa entrou em contato sobre preço de consulta e exame de raio-x. Mirian não teve mais notícias.
Já na manhã desta quinta-feira, a tutora havia sido informada de que Malu estava viva e havia sido deixada no mesmo local onde o acidente aconteceu. Porém, nenhum vestígio da cachorrinha foi encontrado.
Mirian então foi até a Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) e registrou um boletim de ocorrência.
De acordo com o delegado Maércio Alves Barbosa, quem abandonar um animal após um atropelamento deve responder criminalmente, pois caso o socorro não aconteça, é configurado crime de maus-tratos.
“Vamos construir a prova indireta para responsabilizar a atropelante por maus tratos”, confirma o delegado.