Iguana escapa da morte ao ser atacada por cachorro em Corumbá 5n3x3o
As imagens foram feitas pelo fotógrafo Guilherme Giovanni, em Porto Esperança, distrito de Corumbá, cidade distante a 413km de Campo Grande 482968
Pantaneiro mesmo! Um cachorro foi flagrado caçando uma iguana em pleno Pantanal sul-mato-grossense. Dá uma olhada na foto:

As imagens foram feitas pelo fotógrafo Guilherme Giovanni, em Porto Esperança, distrito de Corumbá, cidade distante a 413km de Campo Grande.
“O cachorro estava próximo a um pequeno corixo e me chamou atenção o barulho de algo se mexendo na mata, direcionei a câmera e vi o cão surgindo com a iguana na sua boca, ela se soltou mas ele conseguiu em uma ocasião pega-la novamente. Mas ela conseguiu fugir e se jogou na água, nadando para longe”, explica Guilherme
As imagens foram feitas na sexta-feira (10). “A reação dele foi de perseguir, mas elas são muito rápidas e exímias nadadoras, era praticamente impossível ele recapturar, apesar de ter ficado um tempo farejando o local e depois se retirou calmamente”.
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Guilherme atuava como educador físico, mas deixou tudo, no início da pandemia da covid-19 para trabalhar como fotógrafo. Corumbaense, ele diz que está acostumado a vida da fauna pantaneira, e que os cães que vivem no bioma estão habituados a caçar ou interagir com a fauna nativa. Ele, ao contrário, faz os registros sem interferir na cena.

“Meu trabalho é registrar tudo com o máximo de cuidado e jamais interferir na cena fotografada, por mais forte que seja. Vejo esses registros como uma forma de mostrar às pessoas a dinâmica de vida no Pantanal, assim como estimular a preservação das espécies, estar próximo a essa biodiversidade e ar a mensagem de conscientização é uma imensa satisfação pra mim”, frisa.
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O mestre em Ciências Ambientais, Diego Viana explica que apesar de ser comum a presença de cães e gatos domésticos na região pantaneira, isso pode representar um risco para a fauna local.
“Quando a gente pensa em cachorro e gato doméstico que vão para áreas rurais, a gente sempre tem que destacar que as duas espécies não são silvestres, não são nativas do Pantanal. Apesar de ter no Cerrado, por exemplo, o lobo-guará, ter os outros gatos pequenos silvestres também, mas esses animais domésticos, o cão e o gato. Eles causam um impacto muito grande na fauna local, isso com vários estudos científicos que comprovaram isso”, destaca Viana.
O especialista aponta ainda que em unidades de conservação é recomendado não ter animais domésticos. “Porque eles são caçadores, então eles predam tudo o que eles veem. Nesse sentido é um impacto esses cachorros e gatos estarem em áreas rurais, principalmente pensando aí na beira do rio”, explica.
