GPS na onça: 1º animal recebe colar de monitoramento em MT 103118

Dados adquiridos a partir do colar são importantes para conservação da espécie 2i1r6f

Uma pesquisa em andamento na RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Sesc Pantanal, localizada em Barão de Melgaço, Pantanal de Mato Grosso, com o maior felino das Américas, a onça-pintada, ameaçada de extinção, colocou o primeiro colar com GPS em um macho para o monitoramento no período de aproximadamente um ano. 

A pesquisa do animal, que ocupa o topo da cadeia alimentar, é realizada pelo Polo Socioambiental Sesc Pantanal em parceria com o Museu Nacional e colaboração das seguintes instituições: Instituto Reprocon e o Grupo de Estudo em Vida Silvestre (GEVS), formado por integrantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade de Aveiro (Portugal).  

7783e582 49f9 427f bc10 c522188dd986 Copia
Monitoramento de onça-pintada será por um ano. (Foto: Gabriela Matthias)

LEIA MAIS: 371h4

Já pensou atravessar o Rio Araguaia a nado? A onça consegue, vem ver

A pesquisa é importante para a conservação da espécie e funciona, segundo especialistas, como um “guarda-chuva”, ao contemplar todo o ecossistema com informações de diversas espécies e paisagens. 

O animal capturado na RPPN, que é a maior do Brasil, tem cerca de seis anos e 103 kg, e recebeu o nome de Niti Cáre, que significa “menino bonito” em macro-jê, tronco linguístico dos Bororos e Guatos, presentes na região. 

Segundo o grupo, o macho estava em ótimo estado físico e ou por exames, para checagem do estado de saúde, identificação de parasitas, vírus e bactérias, coleta de material reprodutivo e genético.  

Para esta etapa da pesquisa, foram escolhidos locais onde há presença recorrente de onça-pintada, indicada pelas câmeras trap instaladas há cerca de 12 meses. A previsão é que, no total, cinco onças-pintadas recebam os colares. A próxima fase está prevista para acontecer em maio deste ano.  

De acordo com o pesquisador do Museu Nacional e coordenador do GEVS (Grupo de Estudo em Vida Silvestre), Luiz Flamarion, o objetivo da pesquisa é identificar a quantidade e o comportamento das onças existentes na região. 

c4f69ee1 795f 46b5 bdb2 f01bd480e011 Copia
Cinco onças-pintadas devem receber os colares. (Foto: Gabriela Matthias)

Com o colar, ele afirma que será avaliado o movimento dos indivíduos de maneira mais detalhada, como são as tomadas de decisões no uso do espaço, a permanência nos locais e o motivo das mudanças feitas com mais frequência.  

Em 25 anos de existência, já foram encontradas 12 espécies em extinção na área de 108 mil hectares da RPPN, equivalente a 2% do Pantanal de Mato Grosso e 1% de todo o bioma.   

FALE COM O PP 6s423v

Para falar com a redação do Primeira Página em Mato Grosso, clique aqui. Curta o nosso Facebook e siga a gente no Instagram.

Leia também em Animais! 3f4g61

  1. Ariranha dorme no Pantanal

    Expedição volta ao Pantanal para monitorar ariranhas em 2025 5b3472

  2. Onças brincam como filhotes com bola gigante em santuário 6a514b

    Em uma sequência encantadora e ao mesmo tempo poderosa, duas onças-pintadas foram...

  3. Imagem impressionante: a brutal caçada da onça-pintada a um jacaré 5u445i

    Durante uma aventura no Pantanal sul-mato-grossense, turistas tiveram uma surpresa inusitada ao...

  4. Casal de onça-pintada

    Casais de onça-pintada vivem romance digno de novela em santuário 2l6e2o

    Viva o amor! Casais de onça-pintada estão no clima de Dia dos...

  5. Feira de adoção em Campo Grande busca lares para cães e gatos neste sábado 151o5e

    Quem busca um novo amigo de quatro patas tem uma ótima oportunidade...

  6. Onça que vive em santuário dá à luz e filhotes viram sensação nas redes 16r35