Gatos na região de Cuiabá: têm muito, mesmo! 662ap
A sensação de que há muitos gatos em Cuiabá é unânime tanto para quem é da cidade quanto para as pessoas que chegaram há pouco tempo. Conforme o Executivo, a população de felinos nas ruas é quatro vezes maior que a de cachorros, porém, não deu números absolutos sobre essa quantidade. Para especialistas, a situação demanda cuidado.
Não há um gatil municipal, mas mesmo se tivesse, essa não seria a solução para o problema. A avaliação é de Drielly Rodrigues, da Associação Voz Animal. Na opinião dela, é necessário ter mais políticas públicas para a causa animal.
“Temos maior necessidade de um programa que dê atenção para os animais de rua, que fosse preventivo para que nós não tenhamos uma população de gatos tão grande se reproduzindo todos os dias”, disse.
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Por não ter um gatil, a DBEA (Diretoria de Bem-Estar Animal) conta com o apoio das ONGs para o abrigo dos gatos. Somente na Associação Voz Animal, há 150 gatos abrigados.
Projeto de castração 1b3w1w
Ao Primeira Página, a Prefeitura de Cuiabá, por meio da DBEA, reforça que desenvolve um projeto de castração gratuita dos felinos, só que destinados às famílias carentes da capital, e que oferece tratamento médico veterinário aos gatos resgatados.
A diretoria informou, ainda, que no mês de abril deve chegar um castramóvel a Cuiabá. Entretanto, neste primeiro ano, só haverá atendimento exclusivo a gatos, justamente pela quantidade de felinos ser quatro quatro vezes maior que a de cães.
A previsão, porém, é que nos próximos anos o atendimento seja ampliado também para cachorros. Vale ressaltar que esse serviço também só estará disponível para pessoas carentes de baixa renda, animais de ONGs ou protetores independentes, conforme a lei exige.
Gato é menos aceito 1v402s
Segundo Drielly Rodrigues, um dos desafios dos protetores no abrigo é sensibilizar as pessoas para a adoção de gatos, principalmente os felinos adultos. Quando um gato é pretendido, geralmente os filhotes e os de pequeno porte que são adotados, afirmou.
“É mais difícil fazer com que as pessoas entendam esse animal, acolham, e de fato se identifiquem com ele. Também é uma questão cultural. O cachorro costuma ser um animal mais aceito. Gato costuma ser mais abandonado, deixado de lado, pelo estereótipo de que pode causar danos materiais e que ele traz doença. Isso é um fator de abandono, e um fator também para que novos animais não sejam adotados”, disse.
Alta demanda 71l4q
De acordo com a Diretoria de Bem-Estar Animal, atualmente as equipes de resgate não têm conseguido suprir toda a demanda, tendo a vista a alta densidade populacional de gatos nas ruas.
“Vale destacar que em casos de maus-tratos, abandono e violência animal no âmbito municipal, o Executivo Municipal orienta a população a entrar em contato por meio do telefone 0800 647 7755, no horário das 08h às 12h e das 14h às 17h, de segunda-feira à sexta-feira e narrar os fatos. Na sequência, a DBEA realiza a visita presencialmente no endereço citado a fim de constatar a veracidade”, diz a nota enviado ao Primeira Página”, declarou.
O Primeira Página percorreu, a pé, os bairros Santa Helena, Araés, Quilombo e Baú, para contabilizar a quantidade de gatos em situação de rua. Em dois dias de análise, foram registrados somente nesse percurso, 12 felinos na rua.
