Equipe usou combinação inédita para salvar anta queimada no Pantanal 482a4n

Valente, como foi batizado, se recuperou dos graves ferimentos após 8 meses 1o6e6k

As técnicas utilizadas para recuperar os graves ferimentos da anta Valente, vítima dos incêndios que atingiram o Pantanal, em 2024, foram cruciais para salvar a vida do animal. Confira o vídeo da soltura no final da matéria.

Foto que concorreu ao Prêmio de Fotografia Ambiental da Fundação Príncipe Albert II de Mônaco (Foto: Fernando Faciole)
Foto que concorreu ao Prêmio de Fotografia Ambiental da Fundação Príncipe Albert II de Mônaco (Foto: Fernando Faciole)

Ao Primeira Página, a bióloga e coordenadora do Onçafari, Lilian Rampim, explicou como a combinação dos procedimentos fizeram com que a recuperação do Valente fosse a melhor possível. 

“O Valente foi encontrado nessas condições, onde mais de 85% da propriedade foi queimada. Ele foi localizado no meio de uma pastagem completamente queimada. Ele estava deitado e as duas orelhas indicavam os ferimentos. Além disso, ele estava bastante apático”, contou. 

Inicialmente, os profissionais não tinham certeza se a salvação seria possível, devido à gravidade das queimaduras. Porém, após uma análise, entenderam que seriam capaz de dar o melhor tratamento disponível. 

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“Os veterinários ajudaram na sedação, mas antes a gente quis entender o quão vulnerável ele estava. Ele [Valente] aceitou a nossa presença, oferecemos folhas de embaúba e, posteriormente, colocamos galões de água. Ele estava com tanta sede que bebeu 15 litros seguidos”, afirmou. 

Nesse momento, a equipe aproveitou para intervir e, após sedar o animal, colocaram o Valente em uma área de reabilitação e reintrodução. Ao menos uma vez por semana foi utilizada pomada cicatrizante e outras metodologias, como a pele de tilápia, também comumente utilizada em queimaduras de seres humanos. 

“Imagine um animal de 120 kg e todo esse peso concentrado nas quatro patas que estavam bastante feridas. Foi um processo longo.O uso da tilápia é só uma porção dérmica, porque permite a pele se curar enquanto respira. Usamos laser terapia e ozonioterapia, que tem o mesmo efeito. Não sabemos qual teve mais efeito, pois foi um combinado de tudo e não há material de estudo suficiente para saber nas antas o que mais seria eficaz”, frisou Lilian. 

Para a bióloga, o trabalho em conjunto com os médicos veterinários foi essencial para a melhora considerável do Valente. “Ao mesmo tempo que ele é valente, é um cara muito dócil. Ele via a gente chegar e sabia o que ia acontecer. Ele correu sob brasas e encarou o fogo de frente”, disse. 

De volta ao lar 4w4in

Na sexta-feira (25), acompanhada de médicos veterinários e profissionais especializados, chegou a hora de devolver o Valente ao local de onde nunca deveria ter saído. 

Valente retornou à natureza, após 8 meses de tratamento por queimaduras (Foto: Carol Prange)
Valente retornou à natureza, após 8 meses de tratamento por queimaduras (Foto: Carol Prange)


“A anta tem o território formado, mas não sabíamos se ele de fato morava lá. Assim que ele acorda e começa a usar a tromba para detectar as moléculas de cheiro, a familiarização dele com o ambiente foi fantástica”, relatou. 

Lilian explica que, naturalmente, as antas são presas, principalmente de onças. Por isso, a espécie é conhecida por ser bastante cautelosa e silenciosa, apesar do grande tamanho. 

“Ela não pode chamar atenção. Geralmente é tímida e costuma se esconder. O caminhar é bastante silencioso e usam inteiramente o olfato para se guiar. É um animal magnífico, inteligente. Ser chamado de anta é elogio”, destacou. 

A soltura foi registrada por diversos fotógrafos do Onçafari. Agora, Valente segue na região do Pantanal, onde sempre pertenceu.

Vídeo: Onçafari

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