Dia Mundial das Lontras: ariranha é símbolo de conservação no Pantanal 1rec
Os lobos de água doce são o retrato da biodiversidade pantaneira u5w1k
Neste Dia Mundial das Lontras, celebramos a ariranha pantaneira, a maior espécie de lontra do mundo, que habita as águas do Pantanal e é um verdadeiro símbolo da biodiversidade brasileira.
Classificadas como em perigo de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), esses mamíferos aquáticos, outrora abundantes em rios da Amazônia e do Pantanal, veem seu habitat encolher diante do avanço da poluição, do desmatamento e da pesca predatória.
As ariranhas dependem de águas limpas e ricas em peixes, mas a expansão agrícola, a mineração e a construção de hidrelétricas têm degradado seus ecossistemas. No Brasil, onde a espécie é protegida por lei, especialistas alertam: sem ações efetivas, as populações podem entrar em colapso nas próximas décadas.
De acordo com o biólogo João Marcelo, elas ajudam a manter as populações de peixes em equilíbrio, porque o desequilíbrio, a superpopulação de qualquer espécie é nociva para o meio ambiente, além disso a ariranha é uma espécie bioindicadora.
“Quando dizemos que uma espécie é bioindicadora, significa que sua presença reflete o estado de um ecossistema sua ocorrência indica um ambiente com boa qualidade ambiental. Por outro lado, seu desaparecimento de locais onde antes era encontrada pode sinalizar degradação ambiental, como poluição ou outros impactos antrópicos.” explica.
Ameaças e esforços de conservação 3y6c62
A caça ilegal, motivada pela pele valiosa das ariranhas no mercado negro, e a redução de presas naturais devido à sobrepesca agravam o cenário. Projetos como os do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e organizações ambientais como o Projeto Ariranhas em Mato Grosso do Sul tentam reverter o quadro, monitorando grupos remanescentes e promovendo a conscientização.
Altamente sociáveis, as ariranhas vivem em bandos e se comunicam por sons agudos um espetáculo da natureza que pode desaparecer se o ritmo atual de degradação persistir.