Cães doadores de sangue também salvam vidas em Campo Grande 1b253t
A capital de MS tem um local especializado no assunto, o Banco de Sangue Animal, localizado na UCDB e dentro de um centro veterinário 2y6p5f
A doação de sangue entre cachorros também existe e salva muitas vidas no mundo pet. Há 14 anos em Campo Grande, o Banco de Sangue Animal atua na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e dentro de um centro veterinário, no Itanhangá Park.

Se você tem um cão saudável em casa e quer transformá-lo em um doador de sangue, o Primeira Página explica como funciona todo o processo ??.
A primeira recomendação, segundo a médica veterinária Leizinara Gonçalves Lopes, responsável pelo Banco de Sangue Animal, é que o cachorro precisa ser saudável e nunca ter recebido algum tipo de transfusão. Além disso, precisa ter entre 1 e 8 anos.
“É muito semelhante com a doação de humanos, até mesmo com os pré-requisitos, então, existe idade, mínima e máxima; não ter recebido uma doação de sangue prévia; não ter doenças em ocorrência; peso mínimo de 25 quilos; vacinação e desverminação em dia”, detalha a profissional.

O temperamento do cão também é algo a ser analisado.
“A gente pede que seja dócil, mas existem animais, por exemplo, que têm aquela aptidão para segurança, que são excelentes doadores, os animais até nos surpreende às vezes, que é aquele animal que talvez você fique na dúvida que ele não vá doar e ele acaba realizando sim a doação de forma tranquila”, afirma Leizinara.
Os benefícios que a doação de sangue proporciona aos cães são muitos, conforme a veterinária.
“Ele recebe, em todas as doações, diversos exames e dessa forma a gente consegue acompanhar o status sanitário, de forma laboratorial, desse doador. Mais uma vez funciona semelhante ao humanos, onde caso ocorra alguma identificação de doença, esse doador é diagnosticado o mais rápido possível e ele pode ir para um acompanhamento clínico veterinário”.
“Os benefícios para o receptor são infinitos, depende da causa, da necessidade dessa doação, dessa recepção, dessa transfusão de sangue”, completa.

A veterinária ainda explica em quais situações os cachorros precisam da doação de sangue. A leishmaniose, doença que afeta vários animais, e uma delas.
“Nós vivemos numa região endêmica de leishmaniose. A leishmaniosia é uma das enfermidades que pode levar à necessidade de uma transfusão sanguínea, assim como as doenças do carrapato, que são elas eliquiose, babesíose, anaplasmoose. Existem também acidentes com cobras, traumas de acidente mesmo, algum corte, neoplasias”.
Para quem ainda se preocupa com o pet, a doação, propriamente dita, é muito rápida, de 5 a 8 minutos. Porém, existe um exame clínico para avaliar a saúde do cãozinho.
“A gente realiza antes da doação alguns exames de triagem, como a verificação do volume globular e hemoglobina, que podem ser indicativos de uma anemia ou não. Realizamos também de triagem um teste SNEP, que a gente chama de leishmaniose e de algumas doenças do carrapato. Deu tudo certo? Esse animal deita numa marca, a doação é deitadinha. A agulha é na veinha do pescoço, que é a mais calibrosa e mantém um bom fluxo, além de incomodar menos o animal. É impressionante, porque eles entendem e eles ficam deitadinhos esses cinco minutos da doação”, revela a veterinária.
Confira abaixo a Pink, da raça Bull Terrier, doando sangue neste sábado:

Os doadores do Banco de Sangue Animal têm direito a bolsa de sangue, já que ajudam tantas outras vidas.