Cachorro é adotado em posto de combustível e vira 'frentista' 5t1e39
Ulisses usa uniforme e tem uma rotina a cumprir 6342s
No começo, Ulisses, como foi batizado pelos tutores, chegou abatido, cabisbaixo, mas foi se acomodando, recebendo carinho, e foi ficando. Ele estava doente, tinha sido acometido pela doença do carrapato, segundo a gerente Marluci Ribeiro.

O cachorro apareceu nas imediações de um posto de combustíveis, na região central de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá. Ele chamou a atenção dos trabalhadores, que decidiram cuidar dele.
Com o apoio de entidades de defesa dos animais, de clínicas veterinárias e de um monte de clientes do posto, eles conseguiram consulta médica, remédios, vacinas e tudo mais que Ulisses precisava naquele momento.
Com o ar do tempo, foi difícil pensar que Ulisses poderia não fazer parte daquele cenário e daquela rotina, então, os colaboradores decidiram adotá-los e deixá-lo morando ali, nas dependências do posto.
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“No começo, ficamos com receio de que o proprietário não autorizasse, mas até ele adotou o cachorro. Ele também gosta muito de animais e permitiu que a gente cuidasse dele”, contou a gerente.
O apego foi tão grande que Ulisses reconheceu o local como sua casa e ou a integrar à rotina. “Se um carro chega para abastecer, ele corre para ver quem é, se aproxima, recebe carinho. Ele é muito dócil e nunca mordeu ninguém, nem rosnou”.
A atenção que o cão dispensa aos clientes fez com que ganhasse uniforme, que também foi doado por uma costureira.
“A sobrevivência dele é resultado de muitas mãos. Muita gente abraçou a causa e doou o que pode para que pudéssemos recuperá-lo e cuidar dele. Até hoje ele ganha banho, ração, produtos de higiene”, contou ela.
Ulisses virou atração e referência na cidade. Mas, o vida dele não é só estrelato, ele também cumpre uma rotina que começa às 6h, com a chegada dos funcionários. Por volta das 8h, ele toma café da manhã. Às 10h, depois de recepcionar os clientes, ele tira um cochilo. Às 12h, ele almoça. No meio da tarde, quando está muito quente, Ulisses vai para o escritório. Além de aproveitar o ar-condicionado, ele faz companhia para a colega do financeiro. Depois, ele volta para a pista e trabalha mais um pouco até chegar a hora de dormir.

Falando em sono, ele tem um local específico para dormir, com cobertor. Tudo arrumadinho só para ele.
Ulisses é de todos, porém o xodó dele é o seo Antônio Mendes, um dos funcionários mais antigos do posto. Tudo que o cachorro precisa, Antônio corre para ajudar. É ele quem dá comida, quem leva ao veterinário, quem leva para vacinar.
E o amor é recíproco, Ulisses obedece seo Antônio em tudo. “Eu penso que foi ele quem nos escolheu, ele quem nos adotou, e como todos os colaboradores gostam de animais, abraçamos ele. Ulisses faz parte da nossa família”, completou Marluci.
Adoção é rotina 3u3r2d
E olha que Ulisses não é o primeiro animal adotado pelos frentistas. Há 4 anos, Negão chegou em outra unidade do posto e encontrou seu lar. Hoje, a o dia de crachá.
