Bella e Monalisa: 23 anos de amor; porque pets estão vivendo tanto? 6s2f61
Bella, uma bichon frisé, viveu 23 anos, enquanto Monalisa também já ultraou duas décadas de amor e contando; qual é o segredo da longevidade 463c51
Já pensou ter a companhia do seu animalzinho por anos e anos, em várias fases da vida? Esse é o sonho de muita gente e que tornou-se realidade para Leandro e Penépole, que puderam conviver durante duas décadas com Bella, um bichon frisé fofinha, e Monalisa, uma gatinha branca de temperamento forte. Mas, afinal, porque os animais estão vivendo tanto? O PP foi em busca da resposta: ??

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Antes de descobrir a longevidade desses bichinhos que fazem tanta gente feliz, o Primeira Página conta a história de Bella, uma bichon frisé com carinha de poodle. A cachorrinha chegou na vida de Leandro, de 33 anos, em 2000, quando ela tinha apenas 40 dias.
“É uma história muito engraçada. Eu sempre quis ter cachorro, as crianças sempre querem, mas os pais não. Aí me deram um arinho. Acho que pra sossegar o facho”, relembra Leandro rindo.

Por algum motivo que o , na época com 10 anos, nunca soube, a ave morreu. Desesperado, ele e a funcionária da casa, correram para uma clínica veterinária. “A hora que cheguei lá a Bella estava lá. E aí eu lembro que o arinho acabou morrendo naquele dia mesmo. Aí eu peguei a Bella, era uma sexta-feira, brinquei com ela, perguntei o preço. Era R$ 350, e eu tinha 350 reais, eu sempre juntava dinheiro. Hoje eu não faria isso, tanto bichinho pra adotar”, declara o rapaz.
A mãe não ficou sabendo de nada disso, mas no dia seguinte Leandro acordou bem cedo, retornou para o pet shop e buscou o novo pet. A mãe, claro, não gostou. “Mas a Bella era tão linda, tão pequenininha, cabia na palma da mão. Minúscula. Minha mãe até esqueceu de brigar comigo”, recorda aos risos.
Ainda nova, Bella destruiu muitos objetos, comeu o que não podia, viveu muito bem. “Ela ou a vida comigo. ei por muita coisa na escola, eu não tinha gente da minha idade na família, então, a Bella foi minha melhor amiga. Ela tornou minha infância muito mais leve”, fala com carinho.
Mas, como esperado, os sinais de velhice acabaram surgindo. A castração, por exemplo, foi feita quando ela tinha 15 anos. Na cirurgia, os nódulos, tanto nas mamas, quanto no útero, também foram retirados. Quando Bella completou 18, ela ficou mais doente, chegando a ficar internada por quase um mês e mais nódulos voltaram a aparecer no seu corpo.

“Eu já fui me preparando, mas mal sabia que ela iria durar mais cinco anos, aí estabilizou. Mas os nódulos começaram a surgir na pele, e no último ano, em 2022, ela debilitou. Já estava surda, um pouco cega, bem gagá, se perdia em casa. Ela dormia muito, perdeu a força nas patinhas, tinha dificuldade de sair e entrar na cama”, detalha Leandro.
Além disso, o pet idoso começou a apresentar problemas nos rins, se tornando renal crônico. “Bella já estava sem qualidade de vida, a gente fazia até sopinha pra ela, comia ração especial, molhada com água morna. Então, em janeiro, quando ela começou a ar mal, decidi que não teria mais como. A gente não quer tomar essa decisão, por egoísmo, por ser difícil”, declara.
Então, aos 22 anos, no dia 31 de janeiro de 2022, 15 dias antes de seu aniversário, Bella partiu e deixou um legado bonito e cheio de memórias felizes para Leandro.
Monalisa, a Rainha Elizabeth, de 23 anos 585d3q
Penélope Leite, de 26 anos, tem em casa Monalisa, uma gatinha com personalidade forte e idade que também surpreende: 23 anos. É isso mesmo, o pet chegou na vida da médica veterinária quando ela era bem pequena. Mas o pet escolheu outra pessoa para chamar de tutora, a dona Ilma.

“Eu ganhei ela tinha quatro anos. Na verdade, ela sempre foi mais a gata da minha vó. Ela nasceu na casa do meu tio na mesma época que nasceu uma ninhada de cachorros. A Monalisa sempre foi a mais temperamental de todos. Ela ficava brava se algum filhote de cachorro entrava na caixinha dos gatos. Era a única que reclamava”, relembra a veterinária.
“Todas as pessoas se espantam porque não é muito comum chegar tanto tempo viva. Viva e bem. Porque ela está super bem pra idade dela. Quando a gente converte pra idade animal, ela é centenária”, destaca Penélope.

Mas é claro que a gatinha idosa apresenta sinais da velhice. Muitos deles surgiram quando dona Ilma partiu há dois anos, vítima da covid-19. Porém, ela se encontra bem dentro das limitações da idade.
“Como ela já tem 23 anos, em outubro ela faz 24, apresenta alguns sinais como surdez, dois tumores de pele que estão controlados, é uma gata magra, os pelinhos mais bagunçadinhos. A gente brinca que ela é a Rainha Elizabeth da casa”, diz Penélope.
Há mais de uma década na família, é claro que Monalisa é especial para todos. “Eu amo a Monalisa. Todos amam. Ela representa tempos de nostalgia por ser a gata da minha vó que faleceu. Eu lembro todas as vezes que ela dormiu no pé da minha vó, que ela miava pela casa chamando pra dormir ou pra ter o leite ou carne crua dela. Mesmo não sendo recomendável, foi um hábito que ela adquiriu com a minha vó”, finaliza Penélope cheia de carinho.
Por que eles vivem tanto? 1d4q1g
Segundo a veterinária Priscila Farinha, especialista em fisioterapia pet, a longevidade está atrelada ao avanço da medicina veterinária.
“Eles têm mais especialidades, como a fisioterapia, dermatologia, acupuntura, cardiologia, endocrinologia, oncologia. Como para os humanos, podemos diagnosticar e tratar os animais. Além disso, eles são como parte da família. Então, as pessoas estão procurando cuidar mais deles, tanto na alimentação como a saúde”, explica a profissional.
Sintomas da velhice 2i2r33
Priscila elenca os principais sintomas da fase idosa dos cães e gatos:
- Menos energia, ou seja, não brincam muito
- Dificuldade para andar e deitar
- Síndrome da disfunção cognitiva, conhecida como Alzheimer canino, onde apresentam alterações de comportamento, como: se perder em casa, comer em momentos aleatórios, fazer xixi e cocô nos locais errados, latir muito, não dormir, viver andando, apresentar agitação e/ou braveza
“Eles ficam mais frágeis, com problemas de locomoção, obesidade, cardíacos, respiratórios. Tendem a ficar mais quietos, com baixa energia. Tem que prestar atenção aos sinais, e manter a qualidade de vida”, alerta.
Como cuidar? 6k6h24
A veterinária orienta que nos primeiros sinais, é preciso levar para o (a) médico (a) veterinário (a). “É como cuidar dos humanos: alimentação balanceada, dar vitaminas, ração sênior. Fazer check up, visitas periódicas ao veterinário, manter ele ativo, evitar o sedentarismo, nunca fornecer alimentos duros”, reforça.
Tem cãozinho ou gatinho idoso em casa? Manda foto para a gente ??