Antas Urbanas: animais irão receber colar com GPS; entenda 4x4f3y

Rastreamento servirá para estudar mais esses animais que tanto surgem nas áreas urbanas de Campo Grande 2q6r49

As antas que aparecem pelas ruas e avenidas de Campo Grande serão identificadas, através de colares com GPS, pelo projeto Antas Urbanas, do Instituto IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas). Para o rastreamento dos animais acontecer, a partir da próxima segunda-feira (18) até o dia 25 de julho, os profissionais da entidade irão em todos os locais onde já ocorreram registros desse bicho, que é também a cara de Mato Grosso do Sul.

O biólogo Felipe Fantacini detalhou o projeto para o Primeira Página.

Anta capturada por instituto
Anta capturada no Parque Estadual da Mata do Segredo, em Campo Grande. (Foto: Instituto IPÊ).

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Segundo o Felipe, o projeto Antas Urbanas foi desenvolvido pela INCAB (Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira), que pertence ao Instituto IPÊ. E teve início na Mata Atlântica, em 1996. Em seguida, os estudos foram expandidos para o Pantanal, em 2008; para o Cerrado, em 2015; e chegou até a Amazônia, no ano ado.

A INCAB faz parte do IPE, com uma equipe exclusiva liderado por Patricia Medici. A INCAB, devido a sua atuação nacional. acaba tendo varias frentes de atuação: ”Anta Pantanal”, “Anta Amazônia”, ”Anta Cerrado” e o “Antas Urbanas” entra como uma de suas frentes.

“A gente busca estudar esse animal que é considerado vulnerável à extinção, entender as necessidades básicas em cada um desses biomas, as principais ameaças, e, assim, propor e aplicar formas de conservar a espécie”, explica o biólogo.

Anta 2 registrada pelo Instituto IPÊ
Anta aparecendo bem na frente de uma das câmeras instaladas no Parque Estadual da Mata do Segredo. (Foto: Instituto IPÊ)

Então, por várias décadas, o grupo tem estudado a anta em seu ambiente natural, apesar de muitas vezes ele sofrer impactos do ser humano.

Muita anta em Campo Grande 1x4f4e

A sede do Instituto IPÊ na capital de MS percebeu a quantidade de registros dos animais na área urbana da cidade. Felipe disse que algumas dessas aparições das antas aconteceram bem no centro, na avenida Afonso Pena.

“A partir disso a gente começou a se perguntar como esses animais foram parar ali. E queríamos saber se esse animal está realmente vivendo em áreas urbanas e periurbanas da cidade, como ela usa esse ambiente, quais as ameaças que ela enfrenta num ambiente tão antropizado, e tão povoado como a cidade de Campo Grande”, salienta o profissional.

Assista abaixo 3 vídeos de antas em diversas áreas de Campo Grande (todos foram enviados pela população para o projeto):

Uma anta curtindo um laguinho, no Chácara dos Poderes. (Vídeo: Reprodução/Projeto Antas Urbanas)
Duas antas atravessando avenida, na região do Parque dos Poderes. (Vídeo: Reprodução/Projeto Antas Urbanas)
Dupla caminhando na região do Parque Estadual do Prosa. (Vídeo: Reprodução/Projeto Antas Urbanas)

Felipe alega que não há praticamente nada sobre a anta em ambientes urbanos. Então assim surgiu a ideia de estudar esses animais na capital do Estado. E para os estudos se concretizarem, ele e todos os profissionais pede ajuda da população. Como? Enviando registros de anta pelas ruas e avenidas de Campo Grande.

“Até o momento [desde 2015] já obtivemos quase 200 registros de antas em diferentes bairros”, revela o biólogo. Em 2021, eles tiveram mais de 130 imagens. Neste ano, cerca de 20 foram recebidos pela população.

De acordo com ele, as antas já foram vistas nas seguintes regiões:

  • Chácara dos Poderes
  • Jardim Veraneio
  • Parque Estadual do Prosa
  • Mata do Segredo
  • Parque do Prosa
  • Parque dos Poderes
  • Avenida Cônsul Assaf Trad
  • Área do Hospital São Julião
  • Bairro Noroeste, Moreninha e Maria Aparecida Pedrossian

“Começamos a selecionar algumas áreas da cidade para instalar armadilhas fotográficas e auxiliar no monitoramento [colares contendo GPS]. Já instalamos em uns 10 diferentes pontos da cidade e obtivemos muitos registros interessantes, por exemplo, de mães com filhotes e pares indicando que os animais tem se reproduzido”, detalha Felipe.

Colares com GPS 483m11

Felipe informa que o intuito de capturar o animal e instalar um colar GPS neles irá oermitir monitorar em tempo real muitas informações, como o deslocamento. “Assim, vamos conseguir saber como ela usa a paisagem, área de vida e outras informações relacionadas”, diz.

“Além de instalar o colar, também faremos avaliação de saúde no animal, colheremos amostras de sangue e outras amostras biológicas para analisar diversas doenças, algumas zoonoses e também estudos de toxicologia (contaminação por agrotóxicos) e contaminação por microplásticos; além de coletar amostras para estudos genéticos, estudos de estresse, entre outros”, completa o biólogo.

“Olha uma anta ali!” 1m362k

Se você já viu alguma anta caminhando por aí, entre em contato com o Felipe, por meio do telefone e WhatsApp (67) 99337-0799. Ou também pelo e-mail [email protected].

“Essa parte do estudo é uma forma multo legal de envolver a comunidade também; e uma forma de obter dados incríveis, pois nunca teríamos como monitorar toda a cidade. É o que chamamos de Ciência CIdadã, e temos algumas dezenas de pessoas que nos tem ajudado”, afirma o biólogo.

Conheça também o projeto Antas Urbanas, do Instituto IPÊ, na internet (clique aqui para ar o site).

antas urbanas INSTITUTO IPE
Logo do projeto Antas Urbanas, do Instituto IPÊ. (Foto: Divulgação)

Veja abaixo mais registros de outros animais:

Queixada
Queixada no Parque Estadual da Mata do Segredo. (Foto: Instituto IPÊ)
VEADO CATINGUEIRO 1
Veado-cantigueiro, no Chácada dos Poderes.. (Foto: Instituto IPÊ)
TAMANDUA E FILHOTE INSTITUTO IPE 3 1
Tamanduá-bandeira com filhote nas costas, próximo a saída para Três Lagoas. (Foto: Instituto IPÊ)

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