Ana Julia, a sucuri mais famosa do mundo que morreu em 2024 701f2r
A cobra gigante morava em Bonito (MS), cidade conhecida pelas águas cristalinas; morte do animal gerou comoção nas redes sociais 6fr3v
Ana Julia, “joaninha”, gigante, vovózona. Vários nomes e apelidos foram dados à sucuri mais famosa do mundo, que morreu em março deste ano. A cobra, que tinha quase 7 metros de comprimento, tinha as águas cristalinas de Bonito (MS), como residência. A morte da serpente viralizou nas redes sociais e levantou o debate sobre a importância da espécie ao ecossistema.

Com o fim do ano, o Primeira Página relembra a história da sucuri emblemática e como foi a morte da serpente. Nesta reportagem, você vai relembrar os seguintes tópicos:
- A fama de Ana Julia;
- A morte da sucuri mais famosa do mundo;
- Cobra tinha coração como marca de nascença.
Sucuri mais famosa do mundo 42112r
Ana Julia viralizou na internet após o biólogo holandês Freek Vonk aparecer nadando ao lado da serpente gigante. O registrou foi um verdadeiro sucesso nas redes sociais.
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Além das gravações com Freek Vonk, Ana Julia também apareceu em inúmeras filmagens de documentários da vida selvagem. A cobra já foi manchete algumas vezes, sempre em reportagens evidenciando a espécie e desmistificando alguns mitos ao entorno da cobra gigante.
Ana Julia foi protagonista de documentários da BBC, reportagens internacionais e de pesquisas que envolvem cientistas de vários países.
Morte da cobra 46k1b

Ana Julia foi encontrada morta, às margens do rio Formoso, em Bonito, em 24 de março deste ano. Assim que soube da morte, o documentarista Cristian Dimitrius compartilhou vídeo nas redes sociais relatando a perda do bicho.
Na denúncia, o documentarista atestou que a serpente morta é a mesma filmada inúmeras vezes, inclusive pelo biólogo holandês. A identificação da cobra foi feita a partir das manchas que a serpente tinha pelo corpo, que servem como digitais da espécie.

A identificação da serpente também foi confirmada pela especialista em sucuris e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Juliana Terra, que acompanhava a cobra há 8 anos em estudos.
Dias após a morte da cobra, a Polícia Científica de Mato Grosso do Sul descobriu que a serpente tinha morrido de causas naturais. Durante exame, a perita veterinária não encontrou lesões no animal condizentes com disparos de arma de fogo. Exames complementares foram feitos em parte do corpo da cobra, para descartar todas as hipóteses de crimes.
Mancha em formato de coração 454x13

No caso de Ana Julia, a sucuri “mais famosa do mundo”, uma mancha em formato de coração era o que a tornava única e a identificava.
Após exame pericial, a Polícia Científica de Mato Grosso do Sul disse que a mancha que lembra um coração foi crucial para identificar o animal e apontar que a cobra morta era realmente Ana Julia. Veja a foto acima.

O documentarista de vida selvagem Cristian Dimitrius e a pesquisadora da Universidade de São Paulo, Juliana Terra, acompanhavam a cobra em expedições há mais de oito anos. Eles a identificavam pela mancha em formato de coração, localizada no lado esquerdo da cabeça. Segundo o documentarista, essa marca tornava a sucuri única, permitindo sua individualização.
Após a perícia que confirmou a morte natural da cobra, a perita criminal Maristela Melo de Oliveira explicou que as marcas no corpo das serpentes funcionam como digitais, tornando cada animal único. Durante o exame, a especialista conseguiu determinar que a cobra morta era, de fato, Ana Julia.