Trabalhadores do campo ocupam Defensoria Pública em Cuiabá 395r1h
Ação visa chamar atenção para a necessidade de reforma agrária, denunciar casos de grilagem de terras públicas e a judicialização dos processos das famílias camponesas 484k1b
Cerca de 350 trabalhadores do campo, que participam da 3ª Semana de Resistência Camponesa, ocuparam a sede da Defensoria Pública do Estado do Mato Grosso (DPE), nesta quarta-feira (30). A ação visa chamar a atenção para a necessidade de reforma agrária e denunciar casos de grilagem de terras públicas e a judicialização dos processos das famílias camponesas.

Desde a última segunda-feira (28), esses agricultores organizaram-se na capital, e como parte de seu protesto, ocuparam também o pátio da Justiça Federal e a Superintendência Regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
O Núcleo Agrário da DPE de Mato Grosso é fundamental para milhares de famílias camponesas em situação de extrema vulnerabilidade, que dependem do atendimento e apoio oferecidos pelo órgão.
A presença de uma equipe técnica multidisciplinar e de defensores públicos com o perfil, conhecimento e sensibilidade necessários para tratar das questões do campo é uma das principais exigências dos manifestantes.
Além disso, eles solicitam um atendimento mais ível para as pessoas que vivem a centenas de quilômetros da capital.
A 3ª Semana de Resistência Camponesa é organizada pela T-MT (Comissão Pastoral da Terra) e pelo MST-MT (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), com o apoio do Formad (Fórum Popular Socioambiental de Mato Grosso), do CEDH (Conselho Estadual de Direitos Humanos) e da CESE (Coordenadoria Ecumênica de Serviço).
O objetivo é conscientizar a sociedade e as autoridades sobre a importância da reforma agrária no estado e expor as injustiças enfrentadas pelas famílias camponesas, tanto em relação à grilagem de terras quanto à complexa burocracia judicial.