Suinocultura de MT atravessa a maior crise da história 4a1e59

Com prejuízos de R$ 300 por animal, suinocultores abandonam atividade e55c

A crise enfrentada pela suinocultura mato-grossense é considerada a maior da história, segundo a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat).

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Valor do quilo por animal não cobre os custos da ração dos suínos. (Foto: Acrismat)

Com a alta dos insumos e queda no preço pago ao produtor, os prejuízos chegam a R$ 300 por animal vendido.

Somando o preço do milho com o farelo de soja, o custo para a alimentação dos animais chega a mais de 80% do volume de ração fornecida a eles. Isso, combinado ao baixo preço pago por quilo do suíno torna a situação caótica e, praticamente inviabiliza a suinocultura.

Diante deste cenário, muitos suinocultores estão optando por abandonar a atividade.

“A conta não fecha, tem região onde o suinocultor está recebendo em média R$ 4,40 por quilo do animal, sendo que para produzir a mesma quantidade da proteína o produtor precisa desembolsar algo em torno de R$ 6,90”, declarou o diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues.

Para se ter uma ideia, em uma granja que comercializa cinco mil animais por mês, o prejuízo mensal chega a R$ 1,5 milhão.

Socorro à suinocultura 51485s

Para tentar resolver a situação, a Acrismat cobra o apoio do governo do estado. A instituição sugere a inclusão de novas finalidades da atividade no Programa de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Proder) e a redução da alíquota de ICMS incidente sobre a carne suína no comércio interno e externo.

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Suinocultura pede socorro. (Foto: Acrismat)


“São situações que podem determinar a continuidade ou não na atividade de dezenas de produtores aqui em Mato Grosso. Uma atividade encerrada por falta de medidas que poderiam ter sido tomadas para evitar esse fim é muito triste. Significa ainda o fechamento de centenas de postos de trabalho, ou seja, menos renda para a população”, pontuou o diretor.

Leonir Taffarel, é um dos suinocultores que tem sofrido o impacto dos custos. Morador de Sorriso, ele está na atividade há 15 anos e possui uma granja de ciclo completo. Ele fez um desabafo.

“Quando não conseguimos vender o nosso produto, ele encalha e trava todo o ciclo da nossa produção. Com isso, a perda acontece desde a gestação das matrizes. Estou saindo da atividade e terei que procurar outra coisa para ganhar a vida”.

Ele conta que chegou a ter 300 matrizes, mas atualmente tem apenas 60. Pretende reduzir ainda mais, para cinco animais e transformar em uma criação doméstica.

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