Guerra entre Rússia e Ucrânia pode afetar o agronegócio no Brasil; descubra o motivo 204v1f

A guerra entre a Rússia e Ucrânia destruiu cidades, matou pessoas e criou um novo fluxo migratório na Europa. Mas o impacto do conflito entre os dois países deve afetar a economia mundial e impactar até mesmo o agronegócio.  

Máquina atuando durante trabalho no campo; guerra preocupa especialistas (Foto: Reprodução/TV Morena)
Máquina atuando durante trabalho no campo; guerra preocupa especialistas (Foto: Reprodução/TV Morena)

Entidades ligadas ao setor já demonstram preocupação. Isso, porque, com a guerra em andamento, a tendência é de aumento no preço de produtos importadas da Rússia, como por exemplo os fertilizantes usados nas lavouras.  

Produtor rural, Fernando Luiz Souza já trabalha com a hipótese de aumento nos custos na próxima safra da soja. “Todas as vezes que a gente fala em custo de produção a gente transfere isso pra sacos, então a gente trabalhava com o custo de fertilizantes de nove a 10 sacos e hoje a gente, nos últimos valores, está considerando 12 sacos o custo de fertilizantes, isso a acarretado pelo dólar, principalmente”, destaca.

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De acordo com o Ministério da Economia, a Rússia foi a maior exportadora de fertilizantes para o Brasil, representando 23% da participação total. No ano ado, exportação do produto exigiu investimento de R$ 3.500.000 dólares por parte do Brasil.  

“O Brasil entra nessa onda de dependência de fertilizantes por conta de importar grande parte dos seus potássios, fosfatados e nitrogenados da Rússia. Então, automaticamente, quando a gente vê a Rússia entrando em guerra, isso pode sim impactar no preço do fertilizante. O preço físico ainda não aumentou, mas a tendência é essa”, avalia o consultor de mercado, Yago Travagini Ferreira.  

Outro possível reflexo da guerra 3l6p3h

Os especialistas também estão atentos aos preços dos grãos. A Ucrânia, por exemplo, é responsável por cerca de 17% do milho do mercado mundial. Com uma redução na oferta do milho, atrelado com a valorização do dólar, por exemplo, o cereal ficaria mais caro e tudo isso pode afetar o preço pago pelo consumidor.  

“Então esse aumento de custo nessas commodities certamente vai impactar no custo das cadeias pecuárias, na agricultura, suinocultura, bovinocultura, enfim, todas que dependem da ração onde o milho é o principal produto”, analisa Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA, ao lembrar que as condições meteorológicas já prejudicaram a safra anterior e reforçar que situação semelhante pode ocorrer devido ao confronto.  

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