Fomento à apicultura gera trabalho e renda em Chapada dos Guimarães 224te
Agricultura conseguiu 90 litros de mel já na primeira coleta após orientação técnica da Empaer. 2f6a2r
Com o incentivo do Programa MT Produtivo, pequenos produtores da Gleba Monjolo, zona rural de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, estão conseguindo gerar trabalho e renda por meio da apicultura [criação de abelhas].

É o caso dos sitiantes Rosilei Aparecida da Silva Almeida, 47 anos, e Ailton Assis de Almeida, 56 anos, que já na primeira coleta, conseguiram 90 litros de mel. O produto foi comercializado para clientes individuais e no comércio local.
O incentivo é dado por meio da distribuição e implantação de caixas próprias para a criação de abelhas, onde o mel é produzido. Os produtores também recebem orientação técnica da Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural).
Segundo Rosilei, cada litro de mel foi vendido a R$ 100 e o favo de 700 gramas a R$ 70.
“A venda do mel ajudou muito na nossa renda. Logo que fomos contemplados com as caixas precisávamos aprender sobre cuidados, manejo e técnicas de como usar, e, nisso, as orientações foram fundamentais”.
A produtora acrescentou que criar abelhas é uma arte, mas não basta ter apenas algumas colmeias para ser um apicultor, é preciso entender o comportamento social delas, a biologia, e estar sempre se atualizando sobre técnicas de manejo e produção.
A agricultora Antônia Gomes Lima, de 63 anos, está empolgada com a produção apícola.
“Consegui juntar duas paixões: as abelhas e as flores. Estamos na Gleba Monjolo desde 2018 e sempre tive interesse em produzir mel. Ser contemplada com as caixas doadas foi o primeiro o e, com as orientações, acredito que em breve vamos produzir para vender”.
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Assistência técnica t251v
A técnica da Empaer, Maria Elienai Correia, explica que a produção de mel exige a manutenção das florestas em pé e a conservação dos recursos hídricos, pois as abelhas necessitam das floradas e de água. Por isso, a atividade promove inclusão econômica sustentável.
A técnica pontua ainda a importância de investir no pasto apícola, pois, pelo observado no período de acompanhamento, somente a vegetação da região do cerrado não é suficiente.
“Precisamos estimular outras floradas para aumentar a produção do mel na região. Um exemplo é o eucalipto, que floresce durante os 12 meses do ano. A aroeira também é uma opção. Dela se aproveita a resina retirada das folhas e do caule, além do néctar e pólen das flores que é um mel medicinal, entre outras espécies. As abelhas coletam basicamente néctar e pólen das flores, para sua alimentação”.
Elienai reforça que conhecer as plantas visitadas pelas abelhas, seus períodos de florescimento e os recursos ofertados foram informações importantes para que os produtores entendessem o relacionamento entre a flora apícola e suas colônias.
Agora eles estão identificando os períodos de abundância e escassez de alimentos. Ela conclui que os produtores são estimulados a promoverem a conservação e o incremento do pasto apícola, fundamental para o sucesso da atividade.