Falta de gado pode fechar frigoríficos, diz sindicato em MT h161s
A falta de gado suficiente para o abate pode provocar o fechamento de frigoríficos em Mato Grosso, maior produtor de carne bovina do país. A afirmação é do Sindicato das Indústrias Frigoríficas (Sindifrigo-MT). No ano ado, as 33 indústrias instaladas no estado trabalharam com 58,57% da capacidade. Em 2018, foram abatidos 5.310.000 animais e arrecadados […] 6u4n5
A falta de gado suficiente para o abate pode provocar o fechamento de frigoríficos em Mato Grosso, maior produtor de carne bovina do país. A afirmação é do Sindicato das Indústrias Frigoríficas (Sindifrigo-MT). No ano ado, as 33 indústrias instaladas no estado trabalharam com 58,57% da capacidade.
Em 2018, foram abatidos 5.310.000 animais e arrecadados R$ 297 milhões. Em 2020, esse valor saltou para R$ 432 milhões, mesmo com menos animais abatidos, 5.126.000. Esse aumento no faturamento ocorreu por causa da alta no preço da carne, que deve continuar.
Sobre esse aumento, o sindicato justifica que a arroba do boi atingiu, com anos de atraso, os patamares dos preços internacionais, o que exigiu ajustes nos valores pagos pelos consumidores no mercado interno.

O presidente do sindicato, Paulo Bellincanta, diz que a falta de matéria-prima tem provocado problemas ao setor e que o desequilíbrio entre a exportação causa desajustes ainda maiores entre empresas exportadoras e não exportadoras.
O Sindifrigo-MT também argumenta que a falta de gado para abate provoca concorrência entre as indústrias com “difícil solução no curto prazo”. As exportadoras que vendem em dólar seus produtos têm margem de ajuste superior às que dependem do mercado nacional.
A volta da oferta, nos níveis em que as empresas retomassem sua capacidade instalada entre 75% e 80%, poderia tornar a concorrência mais equilibrada, afirma o sindicato.
O Sindifrigo também diz que a maioria das empresas que não exportadoras têm folha de pagamento com valor abaixo do que é recolhido no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), situação “que não seria normal”.
A indústria frigorífica emprega em Mato Grosso 25.560 colaboradores diretos.