Clima derruba em 40,8% estimativa da colheita de milho em MS m5317
A produção de milho safrinha deve ficar em 6,285 milhões de toneladas em Mato Grosso do Sul. Segundo estimativa do Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), esse volume é 40,8% menor que a previsão feita inicialmente, de mais de 9 milhões de toneladas. Para especialistas e consultores de mercado, essa queda na produtividade está […] 57245
A produção de milho safrinha deve ficar em 6,285 milhões de toneladas em Mato Grosso do Sul. Segundo estimativa do Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), esse volume é 40,8% menor que a previsão feita inicialmente, de mais de 9 milhões de toneladas. Para especialistas e consultores de mercado, essa queda na produtividade está relacionada a vários eventos climáticos que afetaram as lavouras e à plantação tardia da safra 2020/21.

Conforme o Siga, a estimativa inicial foi feita como base no aumento da área plantada (que ou de 1,895 milhão de hectares para 2,003 milhões de hectares em um ano) e na possibilidade de se colher até 100 sacas por hectare, volume atingido na safra anterior. Porém, o número de sacas por hectare deve ficar em 52.
Técnicos do Siga constataram que, em algumas áreas, houve perda total devido à estiagem e à queda de granizo.
Alguns produtores preferiram limitar a cultura em vez de colher, haja vista que o custo com as máquinas torna a operação inviável. As regiões oeste, central, sul e sudeste do estado, que juntas representam mais da metade da área plantada do estado, possuem as piores condições das lavouras.
O analista de mercado Jonas Pizzatto explicou que os impactos da quebra de safra são vistos há meses.
“Na verdade isso já repercutiu. Na colheita da soja foi muito chuvoso, por isso Mato Grosso do Sul plantou o milho fora da janela ideal. A safrinha teve muitos eventos climáticos que a castigaram. Isso fez com que os preços subissem. Outros estados já estão reando. Já afetou, o mercado está olhando para isso faz tempo. Não é novidade. O campo já deu reflexo, isso está afetando várias pessoas”, comentou.
Diante do cenário pessimista, Pizzatto ressaltou que os produtores estão mais cautelosos na venda da próxima safra.
“O problema foi a menor oferta. Os produtores estão com medo de vender a safra de 2022. Analisando um cenário futuro, tudo vai depender da safrinha, se atrasar o plantio da safrinha, podemos ter outra repercussão. Se plantar a soja dentro da janela deste ano, aumenta a probabilidade de um cenário mais otimista”, finalizou.