Apesar da abundância, produção de caju e manga comercial não é viável em MT 2in2u

De acordo com o engenheiro agrônomo Luciano Gomes, as condições climáticas não são favoráveis à produção comercial em grande escala 6c2n6d

Andando pelas ruas de Cuiabá e de alguns municípios de Mato Grosso, podemos notar os pés de caju e de manga bem floridos e lembramos que o “tempo da fartura’ está próximo. Assim que cair uma chuva, as árvores logo estarão repletas de frutos.

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Pé de manga em Cuiabá. (Foto: Lidiane Moraes)

Existem várias piadas a respeito da abundância de mangas no estado, no entanto, segundo o engenheiro agrônomo e doutor em fruticultura Luciano Gomes, apesar da grande produção de setembro a dezembro, as frutas, tanto manga, quanto caju, não têm potencial comercial, se comparado aos estados da região Nordeste do Brasil.

“Até que com o caju há uma experiência boa, na entressafra do nordeste. Em Terra Nova do Norte há uma cooperativa que tem conseguido bons resultados, porque a entressafra do nordeste coincide com a alta da produção mato-grossense. Mas, é apenas neste período, no restante do ano, é inviável”, explicou ele.

Pé de caju no bairro Morada do Ouro. (Vídeo: Welington Bezerra)

O mesmo não vale para a manga. “As condições climáticas do nordeste são favoráveis à produção e eles conseguem abastecer o mercado brasileiro o ano todo. Porém, como estações climáticas são bem definidas (seca e chuva) em Mato Grosso, e a mangueira, por ser uma planta rústica, precisa de seca, é mais difícil produzir nos meses chuvosos”, destacou o pesquisador.

Além disso, o período de boa produção de manga em Mato Grosso coincide com a safra do nordestina, porém, em razão da concorrência no preço fica mais difícil para o estado competir com o Nordeste.

“Por essa razão, apesar da seca favorecer a produção destes frutos e das plantas serem adaptadas às condições climáticas de Mato Grosso e, por isso, produzirem em boa quantidade, não é o suficiente para produção comercial em grande escala”, concluiu o agrônomo.

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Mangas já aparecem no pé. (Foto: Lidiane Moraes)

Se por um lado, a produção formal não é viável, a população aguarda ansiosa pelos pés carregados e assim, poderem desfrutar mangas e cajus até o final do ano.

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