Alta nos insumos aumenta o custo da safra de soja em MT 4r4j4q
Plantio d oleaginosa deve começar na segunda quinzena de setembro 42g3u
Em Mato Grosso, os produtores já compraram parte dos insumos para a próxima safra da soja, mas encontraram sementes, defensivos, óleo diesel e, principalmente, fertilizantes mais caros. Por isso, alguns resolveram adquirir menos produtos.

Na propriedade do Diorginis Seron, que fica em Campo Verde, a 139 km de Cuiabá, assim que o algodão for colhido, a soja deve começar a ser plantada, o que deve ocorrer na segunda quinzena de setembro.
“Parte deles está na fazenda e parte ainda vai chegar. O custo aumentou muito, em torno de 50%, no caso dos fertilizantes”, conta.
Ele usa cerca de 350 quilos de adubo por hectare para preparar o solo para o plantio. Mesmo com a alta do preço, comprou a mesma quantidade para a próxima safra com o objetivo de chegar na mesma produtividade. Depois, esperar por uma cotação mais alto do grão para vender.
“Pelo custo ter aumentado, o produtor tenta segurar ao máximo para conseguir um preço melhor para compensar um pouco”, explica.
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Mas para tentar driblar os altos custos, agricultores estão adotando uma outra estratégia: comprar menos adubo. Ainda assim, o preço pago na quantidade final está mais caro do que em anos anteriores.
“Na safra ada, na adubação de base, a gente chegava a usar até 220 kg. Esse ano, a gente teve que reduzir para 140 kg. A gente está gastando de 12 a 14 sacas por hectare”, diz o agricultor Pedro Seron.
A confiança está no retorno em produtividade. “É um ano para segurar um pouco os investimentos, de utilizar um pouco do que tem de reserva no solo e plantar somente o que a cultura vai extrair durante a safra. Assim, acredito que a gente não tenha tantas perdas”, acrescenta.
No geral, os produtores brasileiros aumentaram a compra de fertilizantes. Entre janeiro e julho deste ano, foram importadas mais de 23 milhões de toneladas do insumo – 15% a mais, comparado ao mesmo período do ano ado.

Mas os valores pagos pelos produtos quase triplicaram. A alta do dólar e a guerra entre Ucrânia e Rússia foram os principais causadores dessa alta. Por outro lado, a preocupação de que o conflito dificultaria a chegada dos insumos ao Brasil não se concretizou.
“Nesse momento, estamos com 70% dos fertilizantes entregues nas lavouras e os problemas que vimos nos portos nos últimos meses estão amenizados. A guerra atrapalhou, sim, um pouco, a logística, mas foi menor do que o esperado pelo mercado. Nós acreditamos que os produtores terão, sim, os fertilizantes a tempo para iniciar o plantio em setembro e outubro”, prevê o diretor-executivo de revenda do insumo, Henrique Mazzardo.