Paralimpíadas: atletas de MS conquistam 4 ouros e ajudam Brasil a fazer história 2u1l6
O Brasil terminou as Paralimpíadas de Tóquio dentro do top 10 do quadro de medalhas. Ao todo, a delegação brasileira conquistou 72 medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze, ficando na sétima colocação. Essa foi a melhor participação do país na história dos Jogos Paralímpicos, e atletas de Mato Grosso […] 5d17h
O Brasil terminou as Paralimpíadas de Tóquio dentro do top 10 do quadro de medalhas. Ao todo, a delegação brasileira conquistou 72 medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze, ficando na sétima colocação. Essa foi a melhor participação do país na história dos Jogos Paralímpicos, e atletas de Mato Grosso do Sul foram determinantes nesse feito, com quatro ouros.

Só o fundista Yeltsin Jacques, de Campo Grande, subiu duas vezes ao lugar mais alto do pódio no Japão: nas provas de 5.000m e na prova de 1500m da classe T11 (atletas com deficiência visual, com baixa ou nenhuma visão). Além disso, Yeltsin foi o responsável pela marca histórica da 100ª medalha de ouro do Brasil em Jogos Paralímpicos e bateu o recorde mundial ao fechar em 3min57s60 nos 1500m.
Guerreiro nas pistas, o campo-grandense de 29 anos ainda tentou a terceira medalha na Tóquio-2020, na maratona da classe T12. No entanto, devido ao cansaço, Yeltsin desistiu na metade da prova, quando completou 21 quilômetros pelas ruas da capital japonesa. Na competição, o corredor teve como atletas-guia Laurindo Nunes Neto e Carlos Antonio dos Santos (Bira).

A três-lagoense Silvânia Costa de Oliveira confirmou o favoritismo e se tornou bicampeã paralímpica do salto em distância, na classe T11 (pessoas com deficiência visual). Assim como na Rio-2016, a medalha veio com emoção. Na edição brasileira dos Jogos, a paratleta de Mato Grosso do Sul só assegurou o ouro na sexta e última tentativa. Agora, o lugar mais alto do pódio foi alcançado no quinto salto, ao atingir cinco metros cravados, sua melhor marca na temporada.
Silvânia também competiu na prova dos 400 metros (classe T11), mas abandonou a segunda classificatória alegando dores na parte posterior da coxa, por conta do esforço físico nos seis saltos, e ficou de fora das finais.

Fernando Rufino, mais conhecido como “Cowboy de Aço”, alcançou o maior feito da paracanoagem brasileira até hoje em Jogos Paralímpicos, conquistando a tão esperada medalha de ouro. Esta foi a primeira vez que Rufino remou numa Paralimpíada e faturou o ouro nos 200 metros da classe VL2 (canoa havaiana para atletas com deficiência física).
Além do ouro, o paratleta, nascido em Eldorado e criado em Itaquiraí, fez o melhor tempo da história da prova, com a marca de 53s077, disputada nas raias do Sea Forest Waterway. No mesmo local, o sul-mato-grossense também remou os 200 metros KL2 (caiaque) e acabou na sexta posição, finalizando com 43s217.
Também integraram a delegação brasileira os sul-mato-grossenses Fabrício Júnior Barros Ferreira (paratletismo), Débora Raiza Ribeiro Benevides (paracanoagem) e o estafe Vilmar Roberto Dias, natural Fátima do Sul, que atuou como um dos guias da maratonista baiana Edneusa de Jesus.
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